segunda-feira, 13 de junho de 2011

A verdade nua, além de crua, é ácida.

é fato que a vida modifica as pessoas, e as pessoas que você conhece na vida adicionam algo delas em você
eis que me pego pensando novamente,
e acho que conheci tantas pessoas negativas que acabei somando ao que sou muitas coisas negativas também (em partes, é claro).
Hei de assumir que me tornei um tanto amarga, deveras ignorante e até um pouco invejosa. Mas creio eu também não ser de todo ruim. Só sabe o quanto inflama a ferida aberta quem por si só já se feriu.
Assim, (como toda mente condicionada pela sociedade) inconscientemente, procuramos negar a verdade nos livrando da culpa.
Eis então meu argumento: talvez reconhecer os meus negativos não me nobilite, mas me incentive a reprimi-los, para então me tornar algo melhor.
Mas como tudo tem seus poréns, o rancor que cega a alma é maior do que a humilhação de ser repudiado. E em meio à magoa, nem a maior das vergonhas é capaz de coarctar o que se tem de podre.
O que nos faz crer que só se conhece alguém na fúria.
O quão sombria há-de ser a mente do homem, só o próprio homem há-de saber.

Ainda que no fundo reconheça a culpa, o pudor reprime a mágoa que abafa a ferida, que por sua vez não cicatriza. Por doer tanto que nenhum de nós tem culhões pra rasgar os lençóis brancos do teatro hipócrita que é a vida.
Maior é o comodismo que o peso da consciência.
Portanto vivemos assim, afinal de contas não deve mesmo fazer diferença.


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